sábado, 7 de agosto de 2010

A chave






Hoje aprendi algo importante e quero compartilhar com você. O que vou dizer aqui talvez parece obvio de mais para você , no entanto quero insistir com você sobre o assunto. Quero falar sobre chaves. É comum andarmos todos os dias com uma porção de chaves, afinal elas são tão imprescindíveis para a nossa rotina assim como o é o trabalho para o nosso sustento. Como já disse, andamos com uma porção delas.

Elas atendem as mais diversas finalidades, as usamos para ter acesso as nossas residências, aos nossos locais de trabalho, aos nossos veículos e a uma porção de tantas outras coisas. Apesar da serventia específica de cada chave, todas elas trazem uma característica em comum. “Elas são o meio pelo
qual garantimos a segurança e o uso exclusivo de coisas particulares a nós”.

Tudo ainda é bastante obvio, mas ainda quero insistir com você sobre o assunto. Não vemos, o que me parece comum, praças ou terminais de ônibus exigirem chaves para termos acesso a eles, eis a razão do porque chamá-los de domínio público. Temos livre acesso a eles, o que não se aplica aos nossos bens como carros e casas. “Nós usamos chaves para exercitarmos o nosso governo sobre determinadas coisas. “

É bem provável que você já tenha vivido de forma similar a situação que vou descrever. Você um belo dia você resolve sair de casa para ir a um determinado lugar. Após dado período você retorna a sua “velha morada”, mas você percebe algo de errado e logo em seguida exclama: onde estão as minhas chaves!Para algumas pessoas situações desse tipo podem representar um verdadeiro desespero.

Sabe qual é a maior frustração de situações como essas? Talvez não seja a necessidade de uma nova fechadura, mas a de sermos impedidos de nos apropriar de algo que é nosso. Valorizamos o que é nosso, em especial as coisas que nos proporcionam bem estar. Nos afligimos pela incapacidade de não termos o que desejamos devido as nossas limitações seja elas financeiras ou não; e quão maior aflição não seria sermos privados do que é nosso? Chegamos aqui ao ponto culminante de nossa intenção para o texto

Todos precisamos de chaves. Elas podem ser um simples pedaço de metal devidamente fresado ou uma combinação de registros ou até mesmo um conjunto de atitudes ou intenções, dependendo de qual porta desejamos abrir. Se avaliarmos bem, a vida se resume a um “cem números” de chaves e portas.

Desejamos abrir a porta de uma vida financeira estável e prospera, usamos a chave do nosso esforço e dedicação nos estudos ou no trabalho. Desejamos abrir a porta de relacionamentos duradouros, usamos a chave da dedicação e do respeito as pessoas. Desejamos abrir a porta de uma boa saúde, usamos a chave de uma rotina de atividades sadias e de uma alimentação balanceada.


Quero compartilhar algo aqui. “O que determinar o sucesso de uma porta aberta é a escolha da chave certa e não do tamanho e do tipo de porta que escolhemos.”

Falamos até aqui sobre alguns tipos de portas, mas quero voltar a atenção para aquela que é a maior e principal porta de todas, o nosso relacionamento com Deus. Você saberia me responder qual é a chave para o nosso relacionamento com Deus? É bem provável que você já tenha uma resposta retórica para essa pergunta, afinal você já a ouviu nos púlpitos das igrejas por onde você tem passado . Você me responderá: É Jesus!! Continuo óbvio em minha redação não é mesmo? Mesmo assim ainda quero insistir um pouco mais com você.

Jesus não é apenas a chave, ele também é a porta. Ele diz: “Eu sou a porta” ( Jo 10.9). Veja que não a duvidas quanto a isso. A palavra de Deus nos diz que em Cristo está o amém de todas as promessas de Deus para o homem( essa promessa inclui comunhão com ele). Essa mesma palavra diz que nele, Jesus, fomos abençoado com todas as sortes de bênçãos espirituais(sobre tudo a comunhão com Deus). Nele fomos reconciliados com Deus, chamados a adoção de filhos. Nele temos livre acesso ao Pai, diante dessa liberdade o próprio escritor da carta aos hebreus nos convida a termos “ousadia” para entrarmos no santuário de DEUS.

Faça uma pausa de 10 segundos e volte a leitura. 1,2,3...


A cristãos que a pesarem de conhecerem essas verdades trazem dentro de si a frustração de não viverem um relacionamento pessoal com Deus. Elas chegam a pensar que “Deus não é para elas”. Já ouvi o desabafo de pessoas que expressaram o desejo de terem um relacionamento mais pessoal com Deus. Outros em reuniões de oração pedem por suas vidas espirituais( relacionamento com Deus). Não são poucos os crentes que vivem na mendicância de uma relacionamento com Deus. Pensão que Deus é como “ papai Noel” que aparece apenas uma vez ao ano em suas vidas e logo some sem deixar vestígios. Será essa a vontade daquele que “nem ao seu próprio filho poupou, antes o entregou por todos nós”( Rom 8.32)?

Você sabia que toda a forma de relacionamento é estabelecido pela reciprocidade( troca mutua) de afetos e gestos? Isso é o mais básico de todo o relacionamento. Todos precisamos entender uma coisa: Cristo entregou toda a sua vida por amor a nós. Deus entregou o seu único filho por amor a cada um de nós. Ele deu o primeiro passo em direção a nós. A porta e a chave que nos dão acesso a Deus nos foram dadas em Jesus Cristo. mas para que o relacionamento exista é necessário que haja uma resposta equivalente da nossa parte. Assim como Cristo, precisamos nos entregar por completo. Assim como Deus, precisamos entregar a nossa única vida a ele.

Você entendeu? Precisamos de uma entrega total! Precisamos nos apresentar a Deus na forma de uma entrega total a sua vontade! A idéia de pertencer a ele deve reger cada passo nosso. Nosso ser e nossas vontades devem estar em seu altar. Assim como ele nos deu a chave para o acesso a ele, precisamos também dar a ele a chave do nosso coração para ele governar de forma exclusiva e particular os nossos corações. Jesus disse: “Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo." (Apocalipse 3 : 20) . Deus através de seu filho deseja hoje cear( ter comunhão) conosco. Precisamos dar a ele a chave do nosso coração. Você não precisa ficar fora de uma casa que pertence a você por não encontrar em suas mãos a chave para abri-la.

Um comentário:

Cartas sobre mim disse...

Que Cristo continue sendo seu fiel condutor e amigo, seu escudeiro, protetor e senhor. Que ele seja a sua inspiração. Abraços da sua amiga teóloga de hoje e de sempre.
Viviani Rodrigues da Silveira.