Varredor das calçadas
“
Eis que tudo te pertence, habito
em tuas moradas. Sou um dos teus serviçais, Me apraz varrer as
calçadas por onde passam seus pés” (Gladir Cabral).
O desejo por posição, poder, statos, prestígio e popularidade é
inerente a natureza humana, uma ambição comum na experiencia de
vida de muitas pessoas. Muitos abdicam-se até das boas virtude como
a simplicidade, a lealdade, e o respeito ao próximo em todas as sua
dimensões para alcançarem suas pretensiosas aspirações.
Emaranharam-se nas teias do orgulho, da vaidade e do egoísmo,
desprezando o melhor dos dons. Creio que não preciso estender-me
nessa questão para evocar as potencialidades do mal que isso pode
nos trazer. Lúcifer nos serve como exemplo. Ele cometeu um grande e terrível erro,
deixou de olhar para Deus e passou a olhar para
sim mesmo, que
resultou em sua queda fatal. O anjo de luz, com era descrito,
obscurecido em seu entendimento fechou seus olhos a luz da verdade
de Deus. Ele estava diante do Ser mais Belo, Poderoso e Santo do
universo, o Deus de toda a Glória. O que mais ele poderia desejar
alcançar? O que mais ele poderia esperar? De
forma louca desejou e buscou. Afastado de Deus, quis ser semelhante
ao altíssimo.
Talvés a minha primeira
pergunta tenha gerado uma outra pergunta a você. Como lúcifer pode
desejar algo maior do que Deus? Da mesma forma como muitos homens
conseguem, olhando para si mesmo. Ao deixar de olhar para Deus, lúcifer esvaziou-se da
glória de Deus. Passou a desejar uma outra glória, a glória de
sim mesmo, poder em si mesmo. É impossível olhar para Deus e
desejar algo além Dele, mas é possível desejar algo além Dele
quando deixamos de enxergá-lo ou tê-lo. Passamos a buscar a glória
dos homens através das concupiscências da carne.
Da mesma forma que
lúcifer, podemos também desejar sermos semelhantes a Deus. Foi
essa mesma proposta que seduziu Adão e Eva ao erro. Conhecemos a história de Nabucodonosor, sabemos como Deus tratou o seu orgulho, desterrando-o
de sua humanidade e o fazendo semelhante aos animais ruminantes.
Após terrível experiência , humilhado,
ele
que o poder só pertence a Deus. A qual experiência nós cristãos
estamos mais próximo no que diz respeito ao orgulho, a de nabucodonosor
ou a do diabo? Afirmo que a de lúcifer! Nabucodonosor
não conhecia a Deus, nós sim. Também a semelhança de lúcifer. Isso
deve gerar temor em nossos corações. Para o meu espanto tenho visto
alguns cristãos agirem dessa forma. Esse desejo pelo poder se
revela nesses cristãos na maioria das vezes de forma sutil e não
premedita e até ilusoriamente bem não tensionada,como exemplo: Ter
posição para melhor servir a Deus. Queremos ter nosso trabalho
reconhecido, desejamos os melhores acentos nas congregações.
Queremos exercer domínio sobre outros e convencê-los de que temos
prerrogativas divinas para isso. Desejamos compor as melhores
canções e ter os melhores versos para persuadir a quem nos ouve no afã
de sermos aplaudidos. É notória
tais evidencias. não há cristão que tenha comungado da loucura de
Satanás, mas há aqueles que são persuadidos pelo mesmo veneno, o orgulho
egocêntrico. Esse veneno nos leva a viver para nós mesmo ao invés de
vivermos para Deus, tornando vã a nossa maneira de viver. quando
realizo uma obra preciso me perguntar para quem a faço, se para Deus ou
se para mim mesmo. Se para o Louvor Dele ou se para o meu louvor. Na
próxima postagem quero me debruçar sobre as evidencias do genuíno
serviço a Deus, motivo do tema " varredor de calçadas"
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