sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Diário de um viajante - parte 1


Diario de um viajante,

Imagine você a 700 km de sua cidade, com apenas um desejo, chegar ao seu destino final. Parti de Brasília em direção a cidade do Rio de Janeiro, eram 6 horas da manhã em meu relógio, dia 29 de dezembro, quando me lancei a essa odisséia solitária de 1200 km de estrada. Um desejo aventureiro havia dominado meu espírito, se você estivesse no carona não teria hesitado em pensar que eu estivesse surtando. Dava gritos do tipo “Uhu!”; Isso se deu até o marco dos 500 km, após isso fui tomado por um tédio culposo daqueles que nos leva a pergunta clássica: “o que é que eu estou fazendo?” Eu não havia me arrependido pela decisão de viajar para o Rio em meu “Juniormóvel”, mas desejava desafogar a magoa de uma consciência habituada ao conforto das impressões de segurança geradas pela rotina de nossa vida , onde quase tudo é previsível. Deveria encontrar uma razão mais substancial do que apenas a vontade de testar os limites da liberdade de ir e vir. Havia chegado a um consenso horas depois da viajem, a razão era simples: “desejo por grandes objetivos" ainda que apenas de grandes proporções geográficas, como no meu caso. Viajar sozinho durante horas em meio a lugares desconhecidos provocou em mim um tipo de sensação de abandono e vulnerabilidade com relação ao universo dos lugares e pessoas por onde passei durante a viagem. Estava sozinho em meu carro e isso justificaria grande parte do que eu havia sentido. Começa a minha reflexão. De um lado a necessidade por estabelecer objetivos dignos de uma vida, condicionados ou não por nós, e do outro a aterrorizante realidade de se perceber a fragilidade de nossa existência em situações como essas. Isso me faz lembrar de Josué. Ao suceder o patriarca Moisés na dura missão de liderar o povo de Israel, Josué havia abraçado também a grande tarefa de chefiar os exércitos do povo hebreu na conquista da terra de Canaã ( terra prometida). Percebeu a gravidade da situação? Em l Josué 1.9 Deus diz a ele: “Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo; não temas, nem te espantes; porque o SENHOR teu Deus é contigo, por onde quer que andares.”( Josué 1.9.) Lendo esse versículo você seria capaz de imaginar como andava o coração de Josué? Não seriam essas palavras de encorajamento endereçadas a uma pessoa que estivesse com medo,insegura e solitária diante de uma situação? Certamente. Josué trazia em seus ombros o fardo de uma grande responsabilidade, um grande objetivo, e o sofria como qualquer um outro mortal.

Um comentário:

Unknown disse...

Nossa muito bom mesmo!!!
Falou tanto ao meu coração!!!

Vc escreve muito bemmmmmmmm

bjoss na testa